quarta-feira, 25 de março de 2009

Há Ciência para além da crise

«A aposta no conhecimento e na Ciência deveria ser um desígnio nacional, porque é isso que vai ficar depois da crise, quando passar o sub-prime e a instabilidade dos mercados financeiros internacionais». As palavras são do Presidente da República, durante a inauguração do maior telescópio a funcionar em Portugal, no Centro Ciência Viva de Constância.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Lançamento

Esta era mesmo a altura ideal para lançar o blogue “PALAVRAS”.

“Eles comem tudo” – palavras do Provedor de Justiça, cansado da falta de respeito que é manterem-no no cargo cujo mandato terminou há oito meses, só porque os partidos não se entenderam ainda num nome para o substituir. O PSD acha que deve ser o maior partido da oposição a indicar o nome. O PS não concorda com o princípio. Nascimento Rodrigues fartou-se e citou Zeca Afonso.

“Ladrão” – palavra de Pedro Silva (já pediu desculpa), referindo-se ao árbitro que marcou um inexistente penalti e expulsou o jogador, interferindo decisivamente no resultado da final da Taça da Liga, que assim foi ganha pelo Benfica. Os leões ficaram sem o título e sem 1 milhão de euros.
“Quero que o meu filho morra se foi penalti” – expressão do limite do desespero proferida também pelo jogador Pedro Silva, na mesma ocasião.
“Isto está a ficar demasiado podre” – Paulo Bento, revoltado e vertical, na conferência de imprensa após o jogo.

“!#?»#$&}§!!!” – imaginem só as palavras que não posso reproduzir aqui mas que milhares de sportinguistas e não só certamente proferiram ainda a propósito do mesmo acontecimento

“A distribuição de preservativos não resolve o problema da SIDA.” – palavras do Papa ao iniciar uma visita a África. O assunto é muito delicado e sensível e por isso não tardaram as reacções: “palavras lamentáveis” (Ana Jorge, ministra da Saúde de Portugal); “palavras inaceitáveis” (Michel Kazatchkine, director do Fundo Mundial de Luta contra a SIDA); etc. Milhões de palavras já foram escritas sobre o assunto, por exemplo em http://criasnoticias.wordpress.com/2009/03/18/preservativos-podem-aumentar-o-problema-da-sida-diz-o-papa/

“Senhor e senhora” – palavras incorrectas, politicamente falando, segundo uma brochura distribuída no Parlamento Europeu. São palavras sexistas, discriminatórias e por isso devem ser evitadas. Em vez de “médicos” deve dizer-se “pessoas que exercem medicina”; em vez de “interessado” deve dizer-se “pessoa interessada”. Não haverá melhor maneira de usar dinheiros públicos do que a fazer brochuras destas?